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Mostrando postagens de novembro, 2009

Luck

Um dia, sem pensar, fui atrás de uma pergunta. Conheci o mundo sem por os pés para fora de mim. Passei por tantas coisas que não devo nem começar a mencioná-las. Insignificantes são. Vivi em ti e nunca esquecerei dos sonhos, de quando eram os meus. Agora eles se foram. Não há como falar. As letras cortam meus dedos ao dançarem descalças no salão da minha alma. E se a negação torna-se forte, como um fato indescritível, só resta-me, entre minhas palavras, brincar em não acreditar no que foi traçado. Sou o dono da locomotiva que destrói castelos de vidros, mas não sou de abandonar minha morada, por mais frágil que ela seja. Mas tão belo é o teu sorriso em minha mente. És real? Parece-me tão belo o teu sorriso! Posso sentir ainda o perfume que não existe, você vem calmamente e abraça-me... você desaparece entre as brumas dos meus sonhos. Você morre. Rego as tulipas, pois amanhã será o inverno e elas partirão de mim.

O Diário de Teegoh – Semana 19

Já não entendo os motivos que me moveram à esta insana busca. Qual é o preço a se pagar... Por Deus, conto a felicidade como se fosse mercadoria a se comprar! Quantos sorrisos mais terei que dar para as donzelas desse reino de bestas? São elas tão frias quanto seus pais e maridos. Tolas. Não acredito mais na felicidade. Um dia pensei ter encontrado o meu objetivo. Fiz eu dele um corredor de obsessões. Mas meus sentimentos são confusos e não quero mais brincar. Quero deixar esse palácio de horrores disfarçados. A fumaça que escapa dos charutos dos comandantes são tão desprezíveis e insuportáveis como contemplar a fumaça da fogueira dos soldados mortos. Tenho que admitir, ele se foi. Resta-me ainda admitir o que se fica. O que devo fazer com tudo isso aqui? Despejar no mar... Queimar no fogo... saltar num precipício... sucumbir-me para talvez te encontrar em um outro lugar mais agradável. Em terras de monstros, a morte é a maior dádiva.