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Mostrando postagens de 2008

Previsões Intempestivas

Sem muito a dizer, vou apenas avisa-lo que, de um modo ou de outro, consegui persuadir a dona do destino a me contar o que acontecerá. (depois não devo me esquecer também de contar que a dona do destino é uma louca de dar dó!). Contudo, sei onde encontrar o diário do Sir Teegoh agora só falta encontra-lo, por isso viajarei um pouco dentro de mim mesmo e mais longe do que já fui! Pode ser confuso um pouco o que tenho pra ler lá, contudo, acho mais confuso o que tenho a falar... Por isso não falarei mais até um dia desses. Dica: Tome um pouco de chá de camomila. É o meu predileto! Se tomar, me conte, pois me deixará feliz em saber!

inacabado

Cinco tijolos foram cimentados mais uma vez um homem chora... mais uma vez ve-se a derrota a tristeza de ver que nada mais o cerca além de tijolos ... humanos...

Minha dança

Pois nem sempre pensei que o que eu queria fora mero acaso, nem tampouco acho que tudo é movido por um moinho do destino, que nos consomem a seu gosto e tempo, sendo de tal modo onde nós, como um bando de grãos soltos e inanimados, dançassem ao som de sua música e seguindo a sua coreografia. Não! Sinto o teu braço, ao me segurar pela cintura! Sinto-me sendo conduzido pelos inesperados prazeres de uma conversa silenciosa, entre giros e improvisos, todos tão harmônicos para nós, tão contraditórios para eles... mas, quem são eles? Não sei quem são, também não me importo com isso... afinal, pode até ser que temos um limitado salão de festas, mas os pés ainda são meus, e juntos, não só desafiamos as regras do tal destino, como brincamos de criar: criamos qualquer cenário que nossa imaginação quiser. Mas se às vezes o salão parecer ser limitado demais para a nossa dança, proponho com este gentil convite, que deixemos o salão para dançarmos à nossa musica sob a noite e suas estreladas. Ol

Essa tempestade

Eu pensei que tempestades como esta só existissem em mar aberto ou em qualquer outro lugar, todos longe deste castelo. E pra onde eu vou? E essas pessoas gritando em meu entorno? Eu sei que toda essa agitação não foi causada por um único elemento, pois nem mais a terra se cala frente à inquietação das águas e dos céus... Talvez seja isso: talvez eu deva deixar esse barco e entregar-me as águas das tormentas... talvez isso acalmaria tudo e tudo voltaria para o normal... mas, eu me pergunto: quando teve algo normal nesse mar? Eu saí para tentar encontrar você... pensei ser capaz de te ajudar, de nos salvar... Quando estava ainda no farol, ao te avistar lá longe, na linha de um horizonte que não só parecia escancarar as minhas limitações de perceber o mundo, mas também, se não sobretudo, mostrar que há muito além daquilo que acredito ser possível... Senti raiva das minhas limitações. Senti a pequenez em que nos submetemos viver... Hoje me pergunto se valeu a pena tudo isso? Tantos desvios

Um Currículo

Eu sei que não sou especial, que tenho todos os defeitos clichês, sou chato e às vezes não enxergo nem o que está escancarado na minha fuça. Sei que sou às vezes um tolo, outras vezes inocente e até influenciável demais! Sou um entusiasta com o diferente e novo para mim e, às vezes, me machuco e machuco os outros. Não sou nenhum revoltado sem causa, mas tenho os meus questionamentos que podem ser diferentes dos teus. Eu sei que não sou especial, um tolo e inconseqüente quase sempre é o que eu sou. Por mais que eu procure o que há de melhor nos outros eu me esqueço que nem todos têm que ser como eu gostaria que fossem... Sou um cara que gosta de coisas populares e se diverte com pouco, por outro lado, conheço um pouco de arte e acho que histórias em quadrinhos é uma arte muito interessante! Eu sei que não sou especial, sou sensível demais ao mesmo tempo em que sou impaciente demais, teimoso demais... mesmo querendo e buscando algo que considero ser o bom, eu me esqueço que o meu relógi

Todas as Cores do Nosso Amor.

S e um dia as palavras tomassem a exata medida dos meus sentimentos e eu pudesse pronunciar a ti todo o meu amor e contentamento por dividir contigo alguns momentos, talvez, mesmo assim, não usaria dessa dádiva vilmente. Iria, entretanto, pedir para ti imaginar-me à tua frente, teus olhos nos meus, como se dali não houvesse carne que limitasse a visão, onde o foco seria minha alma. Você enxergaria neste momento todo o meu amor e não haveria mais dúvidas, pois sentimento maior não há! Talvez assim, não haveria mais barreiras entre nós. Talvez, nem a distância seria capaz de pôr em nossas mentes mais fantasmas, os que por hora nos assolam. E mesmo os fantasmas reais, aqueles internados nos corpos dos obstáculos de lidar com o mundo do além da ponte, não seriam mais temerosos como agora, afinal, seríamos dois... seríamos dois para sempre! Sinto que nos completamos! Sinto que quando lhe sinto perto, mesmo que à milhas de distância, é como se uma energia extra tomasse conta do

1º Ato

Sonho o sonho dos dias bons, pois este entardecer não me agrada. Ontem me enganei com um contador de histórias. Eu havia acreditado no mundo mágico do reino de lá! Mas eu vi como é por detrás do cenário e, para ser sincero, tive náuseas. Sonho com o retorno do novo. Já posso ver, quase na linha do horizonte, uma fase estranha se findando. Tenho esperança! Eu sei hoje o quanto fui vulnerável, susceptível, envenenado por frivolidades... Deste teatro eu não quero ser nem espectador! Sonho com os sonhos de antes. O rapaz romântico, a vida pacata, os desejos provincianos e devassos... E mesmo que dentro de mim as tempestades de tormentas continuem dançando suas incansáveis coreografias, não terei com que me desesperar pois o caminho até o meu porto é mais do que conhecido. Sonho com os sim’s e com os não’s. Sonho com as conquistas mútuas e com as tardes de cumplicidade. Sonho, sobretudo, com um amor real! Daquele que vive sob o signo do companheirismo gentil e afetuoso, e mesmo que ele seja

O Jogador (final)

Te amo por tuas decisões, mesmo não as compreendendo. Te amo pela força, mesmo vendo os tropeços. Te amo na saudade de não ter por perto. Te amo, pelos abraços calorosos, que eu sonho em ter. Te amo pela companhia silênciosa. Te amo pela esperança deste amanhecer. Te amo pelo teu carinho contido. Te amo por aquilo que me escapa na fúria de te amar. Te amo, sobretudo, pela calma que me passa. Te amo com o amor de um homem que ainda é um menino. Te amo pela esperança de um dia ser digno de dizer que te amo: Eu Te amo, Te amo em pensamento, posto que meu amor não és grande. Te amo nesta despedida triste, nas lágrimas que agora derramo. Te amo, minha vida nada minha seria se não fosse por amor. Te amo até a última folha deste livro vil que, se finda num canto sem por isso deixar de dizer que meu amor não é mero encanto de um ser que tem para si apenas descontinuados devaneios. Te amo.

O Jogador (parte 2)

Amanhã, ao acordar, vou ver que o mundo mudou. Terei flores no lugar de lixo, poesia ao invés de rispidez. Amanhã, ouvirei a tua voz, rouca ainda de recém acordar, proferir palavras de carinhos e com um beijo suave você me despertará. Amanhã, seremos tocados pela luz do dia depois de uma noite chuvosa. As cores estarão intensas... mas o horizonte será aquele que quisermos desenhar. Amanhã, o desjejum será servido na cama. Sinta o cheiro da manteiga a dançar os caminhos incertos do pão ainda quente! Acompanhe-me em todas as delicadas sensações. Amanhã, o tempo se guiará através da melodia dos ventos juvenis de primavera. Não haverá mais dor. Amanhã, o infindo deste mundo se alegrará ao perceber que não há mais distinção entre o começo e o fim de nós. Seremos um! Amanhã, o dia será minha vida. Este é o meu cordial desejo: ...

Cavaleiro da Perfeição (parte 2)

Busco um pouco de paz dentro dos livros, pois em mim só há consternação. As músicas tocam o meu coração. Lágrimas me acompanham, em um ritual solitário. Um banquete comigo mesmo. Sem regras, sem piedade... apenas a insipiente realidade de mais um bizarro dia confrontando-se com meus temores e desejos. Não sei mais nada de ti. Não parece eu ser parte da tua existência. Não me assolaria tanto a solidão que sinto no meu peito, posto que sua força não tivesse sido o resultado dessa insuportável sensação de abandono. Havia aprendido a lidar com os meus fantasmas e incoerências. O amor que vivia no meu peito era para os livros e ilusões. Mas você veio a mim, de mansinho... construímos uma história. Meio estranha para alguns e talvez incompleta para outros, mas é a nossa história. Por que tenho a sensação que a nossa história é apenas mais uma entre os livros da estante empoeirada do poeta morto? Será que tudo isso não foi real? Foi um ensaio tosco de uma mente insana, que deixou se levar por

O Jogador (parte 1)

Quebrado , o meu coração de lata se divide em duas ou três partes, ou tantas outras partes. 1 ª partes, profundidade, persistência... Ouço tua voz, leio tuas cartas e promessas, mas não vejo o teu rosto, não vejo tuas escolhas, pois tua retina ainda me é misteriosa . 2 ª partes , particularidade, peripécias... Vejo teu corpo, mas não sinto o teu cheiro ... não sei se és doce, ou cítrico... se és prosaico, se és inusitado. Nem sei se és o teu mesmo. 3 ª partes, profusão, perfeição ... Sinto o bojo, mas não encontro o vazo em que reside, tampouco, uma perspectiva qualquer do mesmo. Não sei se busco algo fácil ... não tenho medo do complexo , desde que ele seja o simples , ou seja, o verdadeiro , pode ser uma verdade das tantas verdades . O amor não está no racional , está no transcendental , na união de ideais... não há domínio, apenas vivência... não há compreensão, apenas experiência... há transmaterialização!...

Cavaleiro da Perfeição (parte 1)

Cansei de ser eu mesmo. O vívido e entrelaçado ser que se envolve em mim cansou de tudo. Cansou de toda essa história do que o que era pra ser não é e o que não era para ser reina placidamente. Os buracos nas estradas e as ditaduras perversas do mundo que ditam uma perfeição complexa me entediam demasiadamente. Acho que não quero mais buscar por aquilo que busquei, se são essas as condições que o parece reger... quero o silêncio da noite, o barulho da chuva e a sensação de frio... quero sentir-me vivo de novo, pois o desconsolo de um sonho perdido, neste momento se assoma às mágoas que me acompanha. Não adianta mais eu bancar tantos erros sozinho. Não faz sentido! Afinal, eu estou sozinho? Às vezes me sinto como se assim eu estivesse... Talvez eu esteja de fato, e o contrário tenha sido apenas uma ilusão que agora desfaleceu. Você diz entender e se conformar com a tua solidão. Eu digo que não devias se conformar com nada nesta vida. Não há tempo para conformações! Afinal, o dia amanhec

Sorry, I'm so sorry.

Teremos sempre essa vida... conquistas, nem tantas. Perdas... estas serão muitas, o tempo todo. É uma violência silenciosa, que arrasta nossos minutos e nos auto-mutilamos ao lembrar do amigo que já não mais está perto. Ao lembrar daqueles que se foram para sempre e daqueles que ainda por ai estão, mas se foram também para sempre. Me dói lembrar de ti e não ter coragem de dizer que foste um amigo especial. E neste momento que talvez pudesse eu te dar um abraço ou uma palavra de conforto, mesmo que ela fosse ilusória, não tive coragem nem de se quer permitir-me pensar na dor que está a sentir. Você que agora quase um homem é, teve que aprender com uma dor imensurável como é a face da despedida... não parece restar esperança e o que nos sobra não nada além do que um imenso vazio... Nossas lembranças nos reconfortam ao fazer com que lembremos do que se foi passado, mesmo os momentos chatos. Mesmo nas trucadas circunstancias onde o gesto fora muito mais pulsante, a sen

Coisas para os descontinuados

Visto-me com o amarelo de sua camiseta surrada, para lembrar-te da esperança e de que cada dia se faz único, singelo, especial, se assim você o querer. Penso nos momentos bons, nos momentos imaginados... penso nos nossos sonhos, na vontade de viver ao teu lado. Sorria! As horas são como as gotas de orvalho, cada uma única, pequena, perdida, mas com um brilho inesquecível ao ser tocada pelo sol. Ela é imperfeita, e sabe que o seu tempo é curto demais como existência para se perder com suas próprias perdições, ao contrário, ela aproveita o raiar do dia e traz para o plácido verde um brilho milagroso, tamanha beleza frente a sua minúscula e passageira existência. Veja as cores! Olhe! Você pode ver as coisas de modo simples. Talvez o hoje seja apenas uma ponte estreita que devemos passar, e, caso o momento não seja bem do modo que você queria que fosse, aproveite o que o agora tem a lhe oferecer de melhor. Você é esperto, inteligente, sagaz! Isso não é um problema para ti! Somos jovens! E

No Tempo do Silêncio

Prefiro as coisas simples, um pequeno bilhete, um sorriso perdido entre tanta confusão. Prefiro o cheiro do teu corpo, mesmo que agora eu não saiba como ele é. Prefiro o silêncio da noite, suas histórias, suas ambições, seus devaneios de cavaleiro andante. Prefiro imaginar os seus beijos, pois não posso deles desfrutar momentos infinitos. Prefiro uma música, uma poesia de loucuras, uma poesia de amor! Prefiro o seu jeito simples de dizer: eu te amo. Eu te amo! Prefiro a esperança, as conversas da vida, e o som do mar. Se calhar prefiro tudo sem dizer uma só palavra. Se calhar, prefiro que meus olhos te digam tudo. Mas se nada der certo, lembre-se eu te amo... pra sempre.

Cheiro de ontem

Hoje acordei meio que como se não quisesse nada mais. Acordei como quando eu era uma criança, que se preocupa apenas com o dever de se divertir com meu amigo imaginário. Hoje pensei nos doces, nos sonhos e nos brinquedos que um dia eu fiz com minhas próprias mãos. Pensei na terra, nas histórias mirabolantes, nas canções escritas, nas cartas nunca enviadas quando o amor finalmente começara a se despertar em mim, mesmo que através do azul de uma amizade. Hoje acordei com vontade de falar coisas de amor, de falar contigo sobre os meus sentimentos todos, mas, principalmente, falar sobre esta saudade que sinto de ti neste momento. Hoje acordei com vontade de voltar a ser criança. Queria poder pegar o ônibus imaginário daquele tempo e voar até você. Abraçar-te. Levar-te pra bem longe dos teus e dos meus fantasmas malvados. Hoje quis ser um pouco melhor. Quis saber dizer coisas bonitas... Mas não consigo encontrar palavras que transformariam meus sentimentos em texto. Tudo

Tua Presença

Tudo o que sei desatua, num gesto de rebeldia. Não há mais palco, não há mais cenário, não há nem se quer personagens para inventar... só sobrou eu... creio que todo o mal não está em estar nu, sem perspectiva e sem lugar. Tantas possibilidades, tantos encontros repentinos, tanto orgulho fácil, sedução... É fácil tudo isso quando se vê um pouco além dos olhos do outro, quando vê que a carência que lhe toca não é nada comparada à do outro. É fácil inebriar o outro com histórias fáceis e promessas fluidas. Mas, quando se é tocado pela frivolidade dos dias, se torna tão claro quanto um enigma que o que se procura não está no instantâneo. Ah se um abraço teu eu pudesse trocar por algumas horas de minha, não precaver-me-ia nem por um segundo se quer: não haveria distância capaz de separar-me de ti, não haveria, mar, montanha, oceanos, capaz de tirar-me, com o capricho da desordem, os teus dedos a tocar, em carinhos, o meu corpo e, aos poucos, com toda a calma e grandiosidade do tua

Fantasmas de Mim

Às vezes eles tentam ditar um conto de amor e horror como se fosse algo do mundo do maravilhoso; como se fosse algo à que se espelhar. Às vezes, os contos contados são tão bem estruturados que acontece uma bonita confusão até! Onde, entre as luzes coloridas, o som das batidas frenéticas, os gostos, os cheiros e as pessoas, tornam o ambiente num ambiente onde poucos. De fato são príncipes, e, poucos ainda são mais que isso: são pessoas que se apresentam com um mínimo de substância. O conto contado termina, é hora de dormir. Mas a mente não pára. Têm curingas na minha cabeça que não deixam nada escapar do delirante entorpecer de uma mente insana. É um caldo, um plasma a engrossar entre coisas do passado, do agora e do sempre... Sem pretensão alguma, mas com muita vivacidade, ao gosto do espectador de mim mesmo, percorre este ser, por caminhos extraordinários. Ontem, mesmo sem saber que era isso que procurava, fui atrás de um aniquilador de mitos e de histórias de pessoas. Decid

Aos anônimos e aos novos conhecidos

Um alguém, uma alma me escreve, numa madrugada comum, a seguinte mensagem enigmática " Sempre leio seus textos. De alguma forma, eles me ajudam a entender melhor a vida! ". Era um anônimo, não me deixou nem pedaços de miolo de pão para eu encontrar o caminho até ele. Mas, espero que ele volte, e me deixe um bilhete... . Um alguém, que conheci numa madrugada... tão instigante... tão questionador... tão duro consigo mesmo e com palavras... quero falar de novo com ele... . . Para eles... . Tae, por mais que não se espere por isso, mas se quer aquilo, podemos nos surpreender como com que as coisas se dão. Por exemplo, do nada, me dizem o que preciso fazer... mas não o que eu preciso fazer, na verdade... ele diz o que ele quer olhar... o que não quero ouvir, mas sei que é algo verdadeiro... enfim, escutamos e dizemos o que bem entendemos! Mas, nessa quase torre de babel de entendimento (ou desentendimento), acabo que por me surpreender... não só pela excêntrica maneira que nos c

Bonito Desastre

Bonito desastre. Dentro de mim há algo que me inquieta. As salvas da noite, brancas neblinas acompanham-me por horas fio, enquanto eu... eu apenas fico como uma incógnita plácida, frente o girar do mundo... Eu cruzo meus braços à espera de um milagre. Bonito desastre. Um dia, nasci para então conhecer a dor de ter algo e perceber que talvez fosse melhor eu apenas ter a doce e venerável lembrança. No momento tenho que lidar com a decepção em meu coração e um gosto ranço de rancor que parecer acoitar-me ao pensar nele. Bonito desastre. Minha vida parece ser neste momento não mais do que uma caixinha totalmente descartável. Como uma daquelas, que colocam todas nossas decepções em papéis e recordações de revistas. Bonito desastre. Dizem que temos que ser forte... mas essa batalha me parece ser desleal, injusta, desnecessária! Absurda! Não sei se quero lutar, mas eu não sou fraco, apenas não tenho vontade de lutar contra alguém que devia me amar. Bonito desastre. Nasci para talvez conhecer

Devaneio de Eros

Já se aproximavam das profundezas, as horas daquela madrugada. As palavras pareciam discorrer o tempo como se não houvesse limite algum entre o ser e os corpos. Os sentimentos caminhavam sozinhos, deleitavam-se sem reserva alguma nos caminhos das vistorias.... Ah! Que inebriante são esses meus dias, mal consigo manter-me em mim mesmo! Vontade de correr e de gritar: vontade de amar! Entorpecido de cheiros, de suor... Mal consigo escrever, sinto-me desesperado neste instante. Vou, talvez, estuporar-te ao dizer que por detrás das minhas vendas eu vejo mais do que eu queria ver... Meus sonhos são pesadelos herméticos, não percorro por sentido algum nem nos meus conceitos mais bem firmados. Apenas percorro o cheiro do teu universo, como um anjo apaixonado. Sinto apenas um dilacerante e rubro desejo de derramar todas as perplexidades deste mundo em um só dia. Tenho vontade de contradizer-me apenas para deixar-te louco, aguilhoado ao perceber que entre mim e tu só não barreiras...

Um teto, um lugar, qualquer coisa

Quero um dia ter a sorte grande de encontrar para mim um lugar onde não mais me sinta sozinho. Quero o cheiro da terra, ao anunciar as chuvas de fim de verão, quero um amor em palavras, quero beijos, quero beijos. Quero um dia sorrir ao ouvir você cantar alguma coisa banal, quero não mais me sentir só, mesmo que apenas de forma ilusória. Quero quebrar o silêncio de mim mesmo e descobrir o que realmente quero pois no fundo não encontro nada porque não sei ao certo o que procuro e quando acho algo sinto que ainda sou vazio. Quero dias intermináveis de sublimes aventuras passadas num teto qualquer onde a maior adrenalina curvar-se-ia a ao toque das horas anunciando a manhã. Quero a liberdade de expressão! Quero enfim, um dia poder ser um pouco mais do que apenas uma incoerência.

Fim do Verão

Você me fala sobre o tempo... o silêncio e sobre as palavras que nunca serão ditas... Afinal o que devo fazer eu? A distância separa, dilacera e restringe o meu ser, mas nunca que ousaria nem se quer tentar fechar os olhos do meu espírito para as coisas que sinto. O que sinto é forte, terrivelmente alento aos mínimos segundos que se passam no escuro desse vácuo. Sinto sim! Sinto e muito pelas gotas plácidas destes amanheceres... Mas talvez seja isso: tenha eu que aprender que o que me resta é apenas esperar e olhar para céu, contar às estrelas minhas aflições íntimas e gozar o pranto da melancolia, pois a ansiedade as vezes consome minha ponderação e eu aos prantos me deixo guiar por ruelas escuras... Sinto sim, vejo logo ali uma encruzilhada neste meu caminho. Ontem tentei amenizar ao retirar algumas pedras e tristezas, mas nem sempre pareciam ser tão pesadas como dessa última vez... Confio por isso aposto e tenho a esperança que tudo chegue onde deve se chegar ou, ao

Cem

Aos meninos que um dia conheci, nos bares e cantorias dessa estrada sem fim e àqueles que ainda hão de entrecruzar estes devaneios solitários, dedico essa minha centésima postagem. Aos meninos que já me viram chorar, que riram comigo e já comeram uma batata assada num entardecer qualquer, onde sem delongas dissemos o que antes não diríamos nem para nós mesmos, com tamanha facilidade que surpreenderia até os mais liberais. Àqueles que, as palavras não bastando para expressar tamanha euforia de se sentir vivo, coisas transcendentais transubstancializaram o mais tenebroso e mais belo de nós mesmos: os nossos sentimentos. Não bastando tentar conter a contida dor do ser, dispara e arrebenta o gozo dos anjos, os corpos únicos, nus, unidos para sempre num ciclo empírio... a vida aflora... as lágrimas enlouquecem o proibido e questionam o convencional. Aos meninos inexistentes, aqueles dias de conversas intermináveis na internet onde apenas não se falava do banal, pois até um simples “

Sapatos Novos

Enquanto o mundo (o meu mundo ou o mundo de cada um: o mundo de todos) gira e se transforma em cada segundo nós podemos nos perder ou então nos esconder de nós mesmos o tempo todo, ou nunca mais, ou em alguns momentos, pois a resistência não deve só se constituir de momentos fixos, retos, concretos; acredito na incoerência, afinal, somos humanos e nem sempre o certo é claro e translúcido, depende do ponto de vista, mas nem todos os pontos de vistas tem que ser relativos, e nem tudo tem que ser relativo. São tantas as perguntas que fazemos a nós mesmos, o tempo todo. São tantos julgamentos, preconceitos, besteiras a se jogar em toneladas pelo mundo... babozeiras, enquanto nos preocupamos... nos desgastamos... nos desgostamos... Meu caro (digo a mim mesmo ao encarar-me no espelho) que merda é essa que estamos fazendo com nossas vidas? Somos tão inconseqüentes que beiramos à estupidez de um dia ter pensado que o sol brilha igual para todos, que as estradas tinham que ser sempre tapetes pe

Se um dia

Se um dia eu quiser contar um conto de alegria sobre a minha vida teria que partir esses dias ao meio. Se um dia eu quiser dizer que o amei de verdade terei que esconder a dor que sinto neste momento no meu coração. Se um dia eu quiser entender o que essas palavras que dissemos todos os dias significam terei que ser melhor do que sou hoje. Se um dia enxergar em ti o que queria ver hoje, acreditarei. Pois hoje, só me restam os cacos de uma batalha pessoal fracassada.

A Queda (número 10.000 e outros tantos)

Se um dia, por acaso, chegares até mim com palavras doces para me dizer que a contrariedade dos atos são sempre reflexos de nossa humanidade, concordarei contigo, porém sempre há a possibilidade de sermos mais do que vítimas de nossa própria humanidade. Sei que não sou, nem de longe, o melhor exemplo de sincronismo ou de coerência. Sempre contei com a sinceridade como álibi para se ter uma convivência afetiva próxima e construtiva. Em qualquer relação, desde uma amizade singela até os amores mais profundos, pensava que a melhor forma de se construir bons alicerces afetivos é saber que somos absurdamente rascunhos de nós mesmos... Por sermos contraditórios, à ponto de não saber lidar com nós mesmos, idealizamos e criamos um mundo imaginário cheio de expectativas, onde príncipes vivem, onde fadas cuidam para deixar o mal bem longe de nós, onde palavras são sempre poesias e a alma acalma até os mais zangados. Idealizamos o mundo, idealizamos os outros e quando nos deparamos com certas pes

As borboletas que só eu vejo, e não vejo.

Hoje algo me diz que não devo olhar o mundo sem antes entender as estrelas. Por isso hoje decidi dar uma chance a mim mesmo, afinal os “ontem's” podem apenas terem sido momentos de descontentamento; momentos de soprar a poeira e perceber que o pior não é estar num presente ou passado/ futuro, mas sim viver no tempo do se... Não quero mais ser rude com as pessoas... Não quero tocar o breu e a solidão do mais frio terminal... Não quero mais pensar que não devo ter esperança... Ainda sinto o frio do meu corpo... sinto a aspereza das minhas palavras e a combustão em meu olhar... talvez ainda demore um tempo para essa situação ser de um outro modo, talvez nunca mude... contudo meu coração voltou a bater.

O Lamento de quem vos fala

E quando se pensava que o fim não portava-se como fim, mas sem com isso perder o gosto de se dizer que em algum lugar chegou, penso que tudo está perdido. Não há passado que me toca. O futuro não existe e nunca existiu... ele é apenas uma invenção do homem tolo a pregar peças em tolos homens como eu. O presente é uma redoma de dor e sofrimento cujo único gosto capaz de me fazer sentir é a do ranço entardecer e perceber que mais um dia se fora e eu nada mudei... nada aconteceu... nada... simplesmente nada! Mas, se eu analiso o meu enredo percebo que tudo aconteceu... será que tudo e nada são a mesma coisa? Será que o tudo não tem sentido, por isso ele é o nada? Mas as flores continuaram nos jardins e as gotas de chuva arrastam arvores fortes nessa época do ano... Junto com as árvores vão os meus amores secretos e minhas juras desesperadas... fica apenas o pó... aquilo que nem eu mesmo consigo perceber algo de bom no espelho... No entanto, este canto não é um desespero que vai cavalgando

Que tal esquecer?

Contudo, se o tempo parasse neste instante, talvez eu procuraria os centavos que deixei para as balas e outros doces, pois o meu futuro é incerto e, infelizmente, hoje eu o sinto de forma perturbadora. Pois do que fale o tudo que sei? O tudo que eu sei não é nada! E o meu nada nem me qualifica para ser confiante! As pessoas dizem isso... eu penso aquilo... eu tenho medo do que pode vir, não sei se estou preparado para olhar para frente e encarar os quarenta que, se eu bobear e entrar na carroça do tempo, os quarenta tornar-se-ão quatrocentos e outros tantos mais... Não posso voltar, simplesmente! Mas percebo-me a procurar saídas tangenciais e não sei até quando isso vai calhar... Será que é isso? Será que é assim que a minha vida finalmente toma seu curso? Os outros perguntam-me sobre os pés descalços. Outros questionam o rosto barbado, mas ninguém sabe o que acontece comigo... ninguém imagina que eu estou a sofrer bastante e hoje, desculpe-me as almas preocupadas com este insano rapaz